terça-feira, 28 de outubro de 2014

Entenda a infraestrutura “indestrutível” por trás do The Pirate Bay


Dezenas de corporações têm tentado fechar o The Pirate Bay durante anos, mas, até agora, nenhuma delas obteve êxito em barrar a livre navegação do icônico navio pirata. A resistência demonstrada pelo serviço nos últimos tempos fez com que muita gente acreditasse que a infraestrutura atualmente montada para fazê-lo funcionar é grande o suficiente para bater de frente com os servidores do Facebook ou Twitter, mas a realidade é um pouquinho diferente.
De acordo com informações oficiais divulgadas recentemente pelos próprios responsáveis pelo site, hoje em dia o The Pirate Bay depende de apenas 21 máquinas virtuais hospedadas em diferentes países ao redor do mundo por servidores comerciais que sequer fazem ideia de que estejam armazenando dados do serviço. Dessas máquinas, oito são usadas para páginas web, seis para o motor de busca e duas para bancos de dados. O resto dos PCs são usados para fins mais técnicos, como analisar estatísticas, lidar com o proxy e manter um controlador-geral.
No total, a infraestrutura do TPB resume-se em 182 GB de memória RAM, 94 processadores e 620 GB de armazenamento em disco – uma capacidade razoavelmente pequena, considerando o tamanho e fluxo de tráfego do site. Utilizando servidores descentralizados e de terceiros (em vez de comprar os seus próprios), a equipe do The Pirate Bay consegue reduzir muito os custos necessários para manter o serviço no ar, além de ter maior facilidade para realizar consertos de emergência caso determinado provedor acabe saindo do ar.
Vale observar, contudo, que o navio pirata nem sempre trabalhou com tal configuração – a decisão de mover o site para servidores na nuvem foi tomada há dois anos e, no começo, apenas 17 máquinas compunham a infraestrutura do TPB. Vale lembrar, contudo, que o serviço ainda conta com uma fraqueza incômoda: seu domínio, que precisa ser constantemente alterado para fugir de perseguições judiciais.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

O capitalismo corporativista é insustentável



Não sou marxista, mas acho muitas das ideias de Marx úteis. O velho Karl certamente tinha dom para transformar uma frase. Ninguém que poderia vir com algo tão proudhoniano quanto “os produtores associados” poderia ser de todo mal. Uma das melhores dele, em minha opinião, foi a de que novas forças produtivas, finalmente, “tornam-se incompatíveis com seu véu capitalista”, ponto no qual “o véu está arrebentado”.

Outra fonte de vívidas imagens é o Preamble to the Constitution of the Industrial Workers of the World(Preâmbulo à Constituição dos Trabalhadores Industriais do Mundo). Veja isto: “[...] estamos formando a estrutura da nova sociedade dentro da concha da antiga.”

Essas duas frases descrevem brilhantemente a categoria do capitalismo corporativista fomentado pelo estado. O capitalismo, como sistema histórico, tem quinhentos anos de idade ou mais e o estado esteve intimamente envolvido em sua formação e em sua contínua preservação desde bem no início. O estado, porém, tem estado muito mais envolvido, se tal coisa é possível, no modelo de capitalismo corporativista que tem prevalecido nos últimos 150 anos. Os titãs corporativistas que dominam nossa vida econômica e política dificilmente conseguiriam sobreviver por um ano sem a contínua intervenção do estado no mercado para sustentá-los por meio de subsídios e proteções monopolistas.

Esse sistema está atingindo seus limites de sustentabilidade. Eis aqui alguns motivos:
1) Os monopólios em que dependem do sistema estão cada vez mais insustentáveis. Especialmente a “propriedade intelectual”.

1-a) A indústria baseada em direito autoral já perdeu a briga para acabar com o compartilhamento de arquivos;

1-b) As patentes industriais só são sustentáveis quando a indústria de oligopólio, cadeias de varejo de oligopólio reduzem o custo de transação desse cumprimento — insustentável contra “fábricas de garagem” de bairro que usam arquivos CAD/CAM pirateados.

2) Ferramentas de produção baratas e eficientes em termos de solo e horticultura estão:

2-a) aumentando a competição por parte dos autônomos;

2-b) reduzindo oportunidades de investimento lucrativo para o capital excedente e destruindo a taxa direta de lucro (TDDL).

3) Insumos para a produção subsidiada pelo estado levam ao aumento em proporção geométrica da demanda por esses insumos, sobrepujando a capacidade do estado em fornecê-los e conduzi-los em crise fiscal crônica. Por séculos o estado tem proporcionado ao agronegócio capitalista de larga escala com acesso privilegiado a terra roubada das classes trabalhadoras. Por 150 anos ele vem subsidiando insumos tais como ferrovias, aeroportos e rodovias para transportes de longa distância e água de irrigação para fazendas de confinamento. Porém, como qualquer aluno de microeconomia poderia dizer-lhe, subsidiar algo significa que cada vez mais disso é consumido. Então você inicia o agronegócio que é ineficiente em seu uso da terra, da água e indústria que atinge falsas economias de escala ao produzir para áreas de mercado artificialmente extensas. A cada ano é preciso maior subsídio do governo para manter esse modelo de negócio lucrativo.

4) As tendências agravantes em relação a super-acumulação e a estagnação aumentam a quantidade de gastos deficitários crônicos necessários para a gerência da demanda agregada keynesiana, piorando também a crise fiscal. O estado construiu um sólido complexo industrial-militar e criou outras indústrias inteiras sob o gasto estatal para absorver o excesso de capital de investimento e superar a tendência do sistema através de produção e capital excedentes, e tem sustentado déficits cada vez maiores só para impedir o colapso que de outra forma já teria ocorrido.

Em suma, o capitalismo em sua forma mais "pura" que consequentemente será despejada sobre um corporativismo depende de quantidades crescentes de intervenção do estado no mercado para a sua sobrevivência, e o sistema está atingindo o ponto no qual a fonte seca.

O resultado é um sistema no qual governos e empresas estão cada vez mais esvaziados. E enquanto isso, está crescendo dentro desse “véu” capitalista corporativista coisas como software e cultura open source, projeto industrial open source, permacultura, contra-economia, escambo e microfábricas de garagem de baixo custo geral que engolem a viva economia estatal-corporativista. Uma parcela cada vez maior de trabalho e produção está sendo engolida por economias elásticas relocalizadas, autônomas, e descentralizadas de cooperativas de trabalhadores e da economia informal e doméstica. No final, eles vão criar esqueletos de dinossauros coletivos como um cardume de piranhas.

// Traduzido por Murilo Otávio Rodrigues Paes Leme. Revisado por Rodrigo Viana. | Artigo original.

domingo, 26 de outubro de 2014

sábado, 18 de outubro de 2014

Personalize sua diáspora



UPDATE: Userscripts.org passou por um espelho pode ser encontrada em userscripts-Mirror.org.

Quando eu comecei a usar Diáspora Eu encontrei-me faltando um monte de recursos que outras redes sociais oferecidos, como comentando acima re-acções ou a capacidade de agendar postagem. Se você é como eu, eu tenho algumas boas notícias para você, porque com uma extensão para o navegador Firefox e um punhado de userscripts você pode renovar completamente a sua experiência de diáspora.

A extensão do Firefox que eu estou falando é GreaseMonkey . Greasemonkey é uma extensão que basicamente permite que você instale os scripts que aumentam páginas web com base em HTML. Existem muitos scripts relacionados à diáspora que você pode escolher e mais podem ser encontrados aqui.

Alguns dos scripts Greasemonkey que eu uso:

º Do-it-later: Permite que você programe mensagens para uma hora ou data posterior. Isto é muito necessário no Diaspora como quando alguém posta um monte de conteúdo de uma só vez que pode inundar fluxos de postagens. Se você usar mais de uma conta em seu computador, você deve voltar para a conta que você deseja que o script utilize para enviar.

º Citação: Em vez de ter apenas uma opção para reshare você tem uma opção para reshare em uma citação para os comentários podem ser inseridos acima, bem como reshare do Facebook. Estes postos quote não contam reshares como regulares, mas servem parem regular o conteúdo.

º Auto Updater: Faz com que seu feed Diáspora para atualização automática da mesma forma que o Twitter faz

º Notificação Titulador: Este script irá inserir o título de um post na barra de notificação. Isso permite um rápido reconhecimento de que as notificações podem ser pulados e que deve ser clicado.

Outros scripts que valem a pena:

º Diaspora Gráfico Button: Isso coloca um pequeno botão "Gráfico" em cada post individual, que é suposto para exibir um mapa reshare. Conceito interessante, mas eu ainda estou tentando descobrir para que serve na prática

º Diaspora Traduzir: Isso permite que você use o Google Translate para traduzir o seu feed. Bom conceito, mas eu não uso todos os serviços do Google.

º Filtro Tag: Permite filtrar determinadas marcas de sua alimentação, como NSFW. É uma boa característica, mas eu não tenho nenhum uso para ela no momento.

Além de Greasemonkey Eu também costumava ter a extensão Easy Share. Uma ótima extensão para aqueles que são novos na utilização extensiva a formatação do texto da Diáspora. No entanto, no final, eu achei que aprender a realmente usar a formatação do texto da diáspora foi fácil, faz postagens ficarem com a sua cara, e desenvolver o seu próprio estilo de postagem é parte da liberdade. Diáspora oferece ferramentas para outras formas de formatação similares e outras redes sociais. Uma lista de opções de formatação podem ser encontrados aqui.

Essas características provavelmente será comprometida no futuro, mas por agora Greasemonkey faz diáspora mais fácil, mais funcional e mais importante mais personalizável para aqueles que procuram alternativas de redes sociais.

Tradução do texto pimp-your-diaspora de Agorist Report para ler o texto original clique aqui.

Por; Vinícius Morgado

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

O Aborto e o Mercado Negro

Uma pesquisa da UNB lançada dia 31/05/2010 revelou que as mulheres que abortam no Brasil somam cerca de 5 milhões. Dentre o total de mulheres que declararam na pesquisa já terem feito pelo menos um aborto, 64% são casadas e 81% são mães. “A mulher que aborta é uma de nós. Ela é a sua irmã, ela é a sua vizinha, ela é a sua filha ou a sua mãe”, define Débora Diniz. A classe social não interfere na decisão. Do total de mulheres que abortaram, 23% ganham até um salário mínimo, 31% de um a dois, 35% de dois a cinco e 11% recebem mais de cinco. “Pobres e ricas, todas abortam”, afirma a professora.

Não estamos falando em apologia. Aliás, quem já acompanhou ou soube de alguma colega, amiga ou familiar, que recorreu ao procedimento, sabe que não se trata disso. A questão é que atualmente milhões de mulheres recorrem ao procedimento e milhares delas morrem. O pior ainda é saber que as mulheres podem ser presas por isso. Se você está lendo este texto e é contra a legalização do aborto, eu pergunto: você é favorável que as mulheres que recorreram a isso sejam presas?

Enquanto vivemos em um regime estatista existem leis que proibem qualquer mulher de praticar o aborto, em alguns casos como no Brasil o aborto é apenas permitido em caso de estupro ou anencefalia porem estas não diminuem as mortes por aborto causada por outros motivos, com a dura restrição e criminalização estatal sobre o aborto o estado oferece apenas duas opções na maioria dos casos para as mulheres que abortam ou a morte ou a cadeia assim gerando milhões de mortes e diversos problemas de saúde para mulheres que abortam e sobrevivem todos os dias isto é claro com aquelas que não são indiciadas e presas.

Mas em que o Agorismo pode ser benéfico a causa? E como podemos usar o Mercado Negro e o uso consciente da contra-economia para beneficio e ajuda mútua as mulheres que fazem aborto? O Mercado Negro Agorista se destaca e tem por principal pilar o de prestar serviços e bens de consumo em torno das substâncias e operações proibidas pelo estado e seus parasitas, as milhares de mortes de mulheres são de complicações causadas por abortos ilegais e com péssimas condições e falta de equipamentos adequados para o procedimento, a verdade é que mulheres com uma maior renda tem mais facilidade e menos risco de vida para fazer aborto já que existem clínicas privadas que oferecem ilegalmente este serviço com profissionais de qualidade e bons equipamento, no entanto os custos para este procedimento em clínicas privadas é muito elevado fazendo com que uma grande parte da população de mulheres principalmente de classes menos favorecidas recorram a açougues ou até mesmo veterinários aposentados sem conhecimento em medicina e enfermagem para fazer o procedimento, sem equipamentos, ou acompanhamento psicológico em condições precárias de higiene.

Então é fundamental a criação de clínicas agoristas que efetuem o aborto com o acompanhamento e equipamentos adequados, é possível a criação de clínicas médicas, médicos autónomos e até mesmo cooperativas clandestinas de médicos que tem conhecimento na área e tem condições necessárias para fazem o procedimento do aborto em mulheres, utilizando moedas descentralizadas como bitcoins e sites de Mercados Negros como SilkRoad (Que contem uma área especifica para venda ilegal de aparelhos médicos) é possível comprar os equipamentos necessários e de boa qualidade com isenção de impostos do estado e com preços mais baratos, com a formação de clínicas competitivas no mercado negro que prestam o procedimento do aborto se dará o aumento da qualidade destes serviços a redução de preços sendo cada vez mais acessível a populações menos favorecidas economicamente, a possibilidade de pagamento destas clínicas e médicos com moedas descentralizadas como bitcoin pode se consideradas e o apoio de psicólogos no mercado negro se baseando no mesmo principio pode ser favorável a recuperação e saúde da mulher, a utilização de redes como a onion e redes p2p para a contratação deste serviço serão utilizadas para evitar a perseguição e espionagem do estado as mulheres que praticam o aborto para que não sejam presas por optarem pela operação.

Não esta excluída a possibilidade da criação de cooperativas e clínicas que ofereçam a procedimento gratuito e com qualidade e segurança as mulheres, no mesmo modelo da rede secreta que distribui gratuitamente e clandestinamente extrato de cannabis para pessoas que necessitam para uso medicinal, rede esta que conta com ajudas voluntárias de médicos, químicos e cirurgiões.


Perfil das mulheres que abortam em diversas regiões do Brasil segundo a pesquisa da UnB de 31/10/2010.

Fontes;



Manifesto do Novo Libertário

O New Libertarian Manifesto (Manifesto do Novo Libertário) é uma obra de filosofia agorista escrita por Samuel Edward Konkin III. Nela, Konkin expõe vários argumentos de como uma sociedade livre deveria funcionar assim como exemplos de mercados negros existentes. Critica o uso da política (ativista ou legislativa) e defende a não-política, com a estratégia de não votar. Por fim, Konkin descreve os passos do uso do mercado negro para desmantelar o Estado, uma estratégia conhecida como contra-economia.

Downloads Gratuitos do Manifesto:

Português do Brasil

Download Manifesto do Novo Libertário (EPUB)

Download Manifesto do Novo Libertário Kindle/Amazon (MOBI) 

Download Manifesto do Novo Libertário (PDF)

Manifesto do Novo Libertário Versão Original (PDF)-(PT-BR)

Traduções




Mercado Negro

O Mercado Negro é a parte da economia ativa que envolve transações ilegais, geralmente de compra e venda de mercadorias ou serviços. As mercadorias podem ser por si próprias ilegais (por exemplo armas ou drogas ilegais); a mercadoria pode ser roubada; ou pode ser vendida de outra maneira para evitar impostos, pagamentos ou exigências, tais como cigarros ou armas de fogo. É chamado de "economia negra" ou o "mercado negro" porque são conduzidos fora da lei, e assim são conduzidos necessariamente “na obscuridade”, fora da vista da lei.

Os mercados negros aparecem quando o Estado coloca limitações na produção ou na provisão dos bens e dos serviços e prosperam quando as limitações do estado são pesadas, como durante um período de proibição,controle de preços ou racionamento e em crises causadas pela intervenção estatal na econômia.

Em consequência de um aumento em limitações do governo, os preços do mercado negro para os produtos relevantes levantar-se-ão, como as limitações ditas representam uma diminuição na fonte e um aumento em risco na parte dos fornecedores, vendedores, e revendedores. O aumento das limitações aumentará preços para a mesma razão. Existem dois tipos de preço para os bens adquiridos ilegalmente. Podem ser menos caros do que preços de mercado (legais) porque o fornecedor não incorreu aos custos de produção normais nem pagou os impostos usuais. Alternativamente, os produtos ilegais fornecidos podem ser mais caros do que preços normais, porque os produtos são difíceis de adquirir ou produzir, perigosos para tratar, ou podem mal estar disponíveis legalmente. Em alguns países, é uma ofensa criminal vender bens roubados, um fator que desanima compradores. No último exemplo de um mercado negro para os bens que são simplesmente indisponíveis, os mercados negros prosperarão se a demanda de consumidores continuar. No exemplo da proibição legal de um produto visto por segmentos grandes da sociedade como inofensiva, como o álcool sob a proibição nos Estados Unidos, o mercado negro prospera, e os traficantes no mercado negro reinvestem frequentemente lucros em uma disposição bem extensamente diversificada da atividade legal ou ilegal além do artigo original.

Guerra

Os mercados negros florescem na maioria dos países durante as guerras. A maioria dos estados acoplados dentro de uma guerra total ou o outras guerras em grande escala prolongada devem necessariamente impor limitações no uso doméstico dos recursos críticos que necessitam para o esforço da guerra, tal como alimento, combustível, borracha, metal, etc. Na maioria (ou talvez em todos) os casos, um mercado negro fornece bens racionados em preços acessíveis. Racionando e controlando o preços em muitos países durante a segunda guerra mundial a atividade difundida incentivada do mercado negro.



Definindo Termos

Glossário Algorista

Agorismo
A ideologia que adota a posição filosófica Libertária e propoem que a mesma ocorre no mundo real, na prática, como Contra-Economia por mercados negros e até mesmo pirataria de conteúdos patenteados.

Agorista - Militante que pratica a Contra-economia de forma consciente.



Contra-EconomiaO estudo e / ou prática de toda ação humana pacífica que é proibido pelo Estado.

Libertário -  Aquele que busca e ama a liberdade em todas suas formas, Liberdade ecônomica, Liberdades civis e individuais, liberdade de amar e se relacionar, liberdade de expressão, liberdade de associação, liberdade de reunião, liberdade de culto, liberdade de imprensa, liberdade de pensamento e palavra, liberdade de trabalho de comercio e industria enfim liberdade de todas as suas formas e possibilidades em poucas palavra liberdade absoluta, sempre em busca e emancipação de todos os seres de dogmas, paradigmas e estereótipos.

Esquerda Libertária - Ativistas, militantes, organização, publicação ou tendência que se opõe ao parlamentarismo, Sufrágio universal (política eleitoral), com tendências radicais e revolucionárias, que tem como semelhança o anti-autoritarismo, e anti-militarismo, sendo representada por diferentes grupos de coletivistas e individualistas.

Socialismo Libertário, e Esquerda Libertária, masoq?

Não é própria deste momento histórico a existência de confusões causadas por múltiplas interpretações de uma mesma palavra. Por este motivo, é necessário que o cientista, o pesquisador e o teórico se detenham por um instante sobre a tarefa de apresentar uma conceituação dos termos utilizados. Esta tarefa não corresponde ao ato de tomar para si as palavras, mas de apresentar um uso, isto é, uma interpretação para elas.

No campo do pensamento político há diversos conceitos. Palavras como capitalismo, socialismo, anarquia, mercado, propriedade, poder, indivíduo e sociedade são alguns exemplos de termos que necessitam de aprofundamento conceitual. Caso isto não ocorra, torna-se difícil compreender qual é o sentido pretendido. Devido a problemas de tradução da palavra inglesa libertarian é preciso diferenciar o pensamento libertário norte-americano do antigo uso da palavra libertário para designar os anarquistas clássicos.

Dentro da história do pensamento político, chamou-se de liberal o defensor de determinadas liberdades civis e liberdades econômicas. O liberalismo é a doutrina do liberal, pautado no pensamento dos liberais clássicos como Locke e Mill. O problema linguístico aparece quando nos Estados Unidos o termo liberal é usado para designar uma posição que, no Brasil, chamaríamos de liberalismo-social. Naquele país os defensores de liberdades se viram órfãos de um termo que os designassem. É neste contexto que aparece, para diferenciar o liberal, o termo libertarian.

A confusão para o leitor da língua de Camões ocorreu ao traduzir-se o termo libertarian por libertário. Este novo libertário também foi designado neste idioma como libertarista e libertarianista. É óbvio que um indivíduo que defende liberdades irá chamar a si mesmo de libertário, o defensor da liberdade, como aponta a definição dicionarista. Porém, devido ao uso deste termo em outras tradições do pensamento político, a confusão torna-se aparente.

Jorge Esteves da Silva está correto ao apontar que o termo libertário foi introduzido pelos teóricos anarquistas franceses no século XIX. No entanto apesar de reivindicar seu uso os anarquistas nunca buscaram ou quiseram ter direitos de propriedade sobre o uso desta palavra, o uso do termo libertário pode se modificar ao longo da dinâmica existente nas transformações linguísticas que sempre ocorreram na história.

Se o termo libertário foi introduzido pelos anarquistas, é compreensível que os seguidores de Joseph Déjacque (1821-1864) reivindiquem o seu uso para a defesa do pensamento político que defende a divisão equitativa do produto do trabalho numa sociedade organizada comunalmente, sem a existência de um governo central. É importante salientar que, antes de Déjacque, Pierre Joseph Proudhon (1809-1865) havia se autointitulado anarquista. O termo libertário não começa a ser utilizado como oposição ao mutualismo proudhoniano, como afirmam alguns libertários de direita, um sistema que defendia direitos de propriedade baseada na posse e uso e remuneração proporcional ao trabalho realizado.

Destarte, há neste ponto uma primeira distinção que merece atenção. Nos anarquismos não-individualistas o coletivismo é um ponto principal. Estes anarquismos que rejeitam em partes a associação com salários e preços, o chamado anarquismo social ou variações coletivistas no anarquismo, podem ter um caráter comunista libertário ou socialista libertário (posteriormente surge o anarco-sindicalismo). O anarco-socialismo, ou socialismo libertário, é a defesa de uma sociedade na qual todos os meios de produção são socializados. Porém, diferente de Karl Marx, defende que esta socialização ocorra sem a criação de um estado ou estrutura hierarquica e centralizada para governar. A revolução dos trabalhadores não trocaria os atuais governantes por novos governantes ou modelos centrais e estatais de organização, como defendeu Marx e ocorreu nas revoluções marxistas ao redor do globo. Contudo, para os anarco-comunistas há um problema grave com esta defesa socialista do anarquismo, pois ainda existira a remuneração pelo trabalho. O anarco-comunismo defende a abolição deste sistema de salários, visando uma distribuição dos bens a partir da necessidade. Tudo seria comum e distribuído para todos conforme fosse necessário o uso. Este sistema de abolição do dinheiro acabaria com a ideia de recompensa, pois todos teriam acesso ao que foi produzido e decidiriam democraticamente em suas comunas como utilizar os recursos e os bens produzidos.

O primeiro teórico a usar o termo libertário defendia uma posição anarco-comunista. Entretanto, Mikail Bakunin, teórico anarco-socialista, chamou seu anarquismo de socialismo libertário (em oposição ao socialismo autoritário, termo que usava para designar a ideia de Marx). Neste contexto, os anarco-comunistas, que viam no socialismo libertário uma estrutura de preços e salários, consideram a criação de outro termo para os definir e então surge o comunismo libertário.

Assim, o termo libertário na tradição anarquista não possui um uso uniforme. Obviamente que os anarcocomunistas reivindicam o seu uso devido ao seu surgimento porem não querem propriedade exclusiva sobre o termo e não sem importa com sua utilização por outras variações do anarquismo seja ela individualista ou coletivista. A liberdade que defendem é a liberdade social da vida numa comuna democrática com redistribuição por necessidade e não por mérito. Esta é a sociedade sem coerção, sem autoridade e sem amarras.

Por este tipo de anarquismo ser mais difundido, ajudado pelas revoltas e revoluções desencadeadas contra o capitalismo, não é de estranhar que os defensores do libertarianismo de direita sejam vistos com estranheza ao se considerarem libertários, porem as demais correntes anarquistas nunca os negarão o termo.

O libertarianismo, libertarianism no inglês, dentro da tradição anarquista está posicionado entre outro tipo de anarquismo que floresceu na primeira metade do século XIX, o anarquismo individualista. Nesta corrente é o indivíduo que está em primeiro plano, acima de um contexto social ou comunal.

Se na tradição individualista o libertarianismo defende as liberdades individuais em seu mais alto grau, ao defender um modo de produção de bens e serviços será buscada a forma mais livre de produzir. Portanto, é no livre mercado anti-capitalista que se pautará a defesa da efetivação da liberdade de se produzir onde, quando e como quiser com a reçalva de alguns mutualistas que defendem a busca de meios sustentáveis sempre que possível. Este ambiente de liberdade só é possível se as relações entre os indivíduos forem voluntárias e não orquestradas por um governo central. Bem diferente dos coletivistas, estes novos anarco-individualistas defenderão o mercado desempedido e anti-capitalista, sendo possível apenas num ambiente no qual sejam respeitadas as propriedades privadas cooperativistas. É exatamente no espaço privado que haverá a efetivação total das vontades e liberdades individuais. Como não são autosuficientes, os indivíduos precisarão efetuar trocas com outros indivíduos. O sistema de preços e as leis de oferta e demanda possibilitarão que as trocas justas ocorram, isto é, as trocas efetuadas voluntariamente serão justas se aceitas por ambas as partes sem a existência de fraude ou coação, para os anarquistas de livre-mercado este mesmo termo significa trocas voluntárias sem coerção ou intervenção estatal.

Apesar dessa defesa das liberdades, as liberdades econômicas eram o ponto menos aceito para uma tradição anarquista. Num século que foi marcado por ditaduras socialistas estatais, civil-militares e por enormes intervenções governamentais na economia era preciso demonstrar que a defesa de uma sociedade com mercados desimpedidos anti-capitalistas e anti-hierarquicas traria mais benefícios para os menos favorecidos economicamente. Esta defesa de uma economia de mercado trouxe para o moderno libertarianismo uma antiga direita, defensora do livre mercado capitalista e corporativista. Este foi um dos motivos para que os novos libertários ficassem associados apenas à defesa de mercados desregulados. Neste contexto, viu a necessidade de retomar-se uma forma de apresentar o libertarianismo que remonta à tradição individualista do anarquismo. Este libertarianismo retomado do século XIX fica conhecido como libertarianismo de esquerda (left-libertarianism) e é frequentemente utilizado por anarquistas mutualistas.

O libertarianismo de esquerda não é uma posição política homogênea. Antes, designa diferentes abordagens de questões políticas e sociais num contexto teórico nos quais diferentes teorias relacionam-se. Deste modo, falar em libertários de esquerda pode-se referir aos seguintes grupos teóricos: (1) esquerda libertária, (2) georgismo (geoísmo), (3) escola Steiner–Vallentyne, (4) agorismo, (5) left-libertarianism (libertarianismo de esquerda de livre mercado).

Apesar das diferentes linhas de pensamento, é a quinta vertente a que chama a si mesmo de libertária de esquerda. Há confusão, por exemplo, pelo fato de alguns autores identificarem alguns marxistas como Rosa de Luxemburgo, Anton Pannekoek, Paul Mattick, Cornelius Castoriadis, Jean-François Lyotard e Guy Debord como libertários de esquerda. A esquerda libertária, portanto, alinha-se muito mais com o socialismo libertário, já comentado anteriormente. Contemporaneamente, anarquistas famosos como Murray Bookchin e Noam Chomsky tem se identificado com esta tradição socialista de viés anti-estatal.

O georgismo refere-se à teoria político-econômica elaborada por Henry George. O ponto central do pensamento de George é que as pessoas são proprietárias de tudo o que criam, mas que os bens naturais, como a terra, não deveriam possuir proprietários. Economicamente significa que o único imposto existente deveria ser o imposto sobre a terra. Toda atividade econômica ficaria livre de taxação e a única taxação existente seria eficiente e equitativa ao recair sobre os que possuíssem mais propriedades de terra. Milton Friedman (1978) concordou com a posição de Henry George ao afirmar que o imposto sobre a terra seria menos nocivo e produziria menos distorções econômicas do que os impostos sobre as atividades econômicas. Vale salientar que apesar de não ser um anarquista, as ideias de George foram tomadas por alguns seguidores que reelaboraram o georgismo, transformando-o no chamado geoanarquismo, uma espécie de neo-georgismo.

A Escola Steiner–Vallentyne está alicerçada no pensamento de Hillel Steiner e Peter Vallentyne, além de possuir contribuições de outros acadêmicos e pensadores não necessariamente left-libertarians. A questão chave desta escola é criticar a concepção de autopropriedade de Robert Nozick (famoso pelo seu clássico Anarquia, Estado e Utopia) e a dedução de que a propriedade de outros recursos naturais decorra deste conceito. Neste contexto, o pensamento desta escola aproxima-se do pensamento de Henry George ao afirmar a necessidade de "uma compensação que os proprietários devem aos não proprietários mediante impostos ou rendas sobre a propriedade de recursos naturais, incluindo a propriedade da terra" (ROSAS, 2009).

O agorismo é a filosofia política elaborada por Samuel Edward Konkin III, ativista libertário. O termo remete à palavra ágora do grego. A ágora era a praça principal da pólis grega, o local onde ocorriam as assembleias e onde havia mercados e feiras livres. Ao propor o agorismo, Konkin queria fugir dos antigos rótulos "liberal" e "anarquista". O agorismo seria então a filosofia política baseado nos mercados livres anti-capitalistas ( que mais tarde seria utilizadas por AnarcoCapitalistas que se baseariam nos mercados livres anti-capitalistas estatais), em suas palavras "libertária em teoria e de livre-mercado anti-capitalista na prática". Konkin expôs suas ideias no Manifesto do novo libertário. Neste livro, apresenta o conjunto de conceitos e princípios que baseiam a defesa de uma sociedade livre. Aponta que a nossa condição é o estatismo e a econômia corporativista que este precisa ser eliminado para que se atinja a sociedade agorista. Defende a contra-economia, isto é, que os libertários evitem ao máximo a economia branca vendas e trocas por bancos e empresas "legais" e façam suas trocas no mercado negro, como forma de atingir o estatismo e o capitalismo. Konkin não apenas defendeu esta ideia, mas praticou a contra-economia incentivando o surgimento de empreendedores do mercado negro. Foi grande crítico de uma transformação pela via política, como o Libertarian Party, defendendo uma revolução cultural que minasse o estatismo.

O quinto grupo que pode ser definido como libertário de esquerda é o libertarianismo de esquerda. Neste sentido, quando dentro da tradição libertária (do libertarianismo) fala-se de um libertarianismo de esquerda (left-libertarianism) é a este movimento que se refere. Dentro os mais notáveis pensadores desta posição estão Kevin Carson, Roderick T. Long, Charles Johnson, Brad Spangler, Sheldon Richman, Chris Matthew Sciabarra e Gary Chartier.

A principal diferença do libertarianismo de esquerda com o libertarianismo mais difundido no Brasil está relacionada com questões sociais, como drogas e aborto, e questões econômicas, como propriedade da terra e grandes corporações. É certo que autores como Murray Rothbard, Walter Block, Leonard Read e Harry Browne ,assim como alguns anarcocapitalistas, escreveram sobre o libertarianismo não ser nem de direita e nem de esquerda, criticando autores que se posicionam nas vertentes left e right do pensamento libertário. Apesar deste ímpeto de evitar tal classificação, inclusive sob o slogan "nem esquerda, nem direita, libertário", Anthony Gregory apresenta uma distinção que pode auxiliar a diferenciação entre o libertarianismo de esquerda e de direita.

Outro ponto importante na abordagem à esquerda do libertarianismo é ser contra o poder das grandes corporações. Há enorme vinculação entre o poder estatal e o poder dos grandes grupos corporativos. Defender a liberdade econômica seria favorecer os que já começam no livre mercado amparados, auxiliados e favorecidos pela condição histórica anterior. Quantas histórias de favorecimento com doações de terras, ou mais sujas, como o pagamento de fiscais do governo para atrapalhar concorrentes e até mesmo a morte de concorrentes não existem no mundo do big business? Como as pessoas poderiam competir num mundo no qual o favorecimento histórico concedeu terras aos amigos dos que detinham poder político? Seria justo ignorar o histórico ilegal de aquisição de terras e bens? Terras sem uso deveriam ser consideradas propriedade e quem as usasse considerados invasores? Para os libertários de esquerda essas questões são fundamentais.

Em questões sociais, os libertários de esquerda desaprovam toda forma de opressão. São, por isso, contrários ao racismo, sexismo, hierarquia e formas autoritárias de educação e cuidados parentais.

Em suma, o libertarianismo de esquerda é uma oposição ao que Kevin Carson chamou de libertarianismo vulgar. Para Carson, a defesa da privatização, desregulamentação, diminuição dos impostos para corporações, negação do aquecimento global, aumento de políticas imigratórias e livre mercado sem a defesa da legalização das drogas, das liberdades civis, reforma nos impostos (fechando brechas usadas pelas grandes empresas), eliminação do bem-estar corporativo e liberdade de operar um negócio sem licença sanitária, por exemplo, é um libertarianismo incompleto, um libertarianismo vulgar, libertarianismo este que os libertários de esquerda se opõem com todas sua força, é importante reçaltar também que Libertários de esquerda são favoráveis de um forma geral a ações diretas e até mesmo táticas como o Black Bloc e também a greves e outros meios não-agressivos.

Temos então o libertarianismo de esquerda como algo diferente do anarcocomunismo e anarco-socialismo (socialismo libertário). As preocupações com os grandes detentores de poder econômico são similares. Porém, ao invés de uma sociedade com abolição total da propriedade privada e da moeda os libertários de esquerda defendem um livre mercado anti-capitalista com seus meios de produção auto-geridos e anti-hierárquicos baseados nas cooperativas como os coletivistas porem cooperativas estas que são privadas e não socializadas um livre-mercado anti-capitalista sem classes sociais nem burguesia uma vez que mesmo as cooperativas privadas estariam totalmente na mão dos trabalhadores e o acumulo massivo de capital se tornaria impossível na anarquia de livre-mercado, estes anarquistas de livre-mercado no entanto não se confundem nem um pouco com liberais ou anarcocapitalistas estes últimas são vertentes radicalmente diferentes e oposições do libertarianismo ou libertáio de esquerda.

A defesa de um livre mercado, entretanto, não se resume a apenas deixar de controlar a economia, mas de pensar um modo no qual cada um possa realmente ser dono de si numa sociedade construída sobre bases igualitárias que diminuíssem as diferenças herdadas por séculos de um sistema que favoreceu poucos em detrimento dos demais, questões de género, e outras opressões como machismo, homofobia e racismo são também de extrema importância para os libertarianistas de esquerda.

Com isto, é totalmente plausível chamar o libertarianismo de esquerda de libertário. O libertarianismo é de esquerda, pois considera os menos favorecidos. Talvez o termo libertário seja um problema semântico apenas para os defensores de um libertarianismo preocupado apenas com as questões econômicas, como Ancaps e libertarianistas de direita que se comparão fácilmente com liberais.

No geral libertário é um termo que é usado por todas variações tanto do anarquismo como de outros movimento, geralmente associados com uma área anti-autoritária da esquerda, Anarco-comunistas, Socialistas Libertários, Anarco Sindicalistas e Mutualistas que hoje usam o termo de Libertarianistas de Esquerda, e utilização deste termo não deixa de ser menos justa para nenhum deles e ambos nunca fizerão uma reivindicação sobre tais termos como se algo pertence-se a eles como alguns novos liberais/libertários de direita costumam fazer principalmente nos atuais grupos de discussão.




terça-feira, 14 de outubro de 2014

John Bush sobre Agorismo



              O Agorista

O que é Agorismo?

O agorismo é uma filosofia política fundada por Samuel Edward Konkin III que definiu um agorista como um praticante consciente da "contra-economia". O objetivo dos agoristas é uma sociedade na qual todas "relações entre as pessoas são de trocas voluntárias – um livre mercado". O termo vem da da palavra grega "Ágora", um local aberto para assembléias e mercado nas antigas cidades-estados gregas. Ideologicamente, é um termo representando um tipo revolucionário de anarquismo pró-mercado. A característica que distingue o agorismo das demais formas de anarquismo de mercado é que sua estratégia tem por ênfase a contra-economia, entendida como atividades pacíficas de mercados negros livres do pagamento de impostos.

Os agoristas são uma variedade da Esquerda pró-mercado. Os agoristas consideram a propriedade intelectual ilegítima, existem diferentes tipos de agoristas, aqueles que vêm suas ideias uma evolução do anarquismo mutualista que remete a Pierre-Joseph Proudhon na França e a Benjamin tucker nos Estados Unidos que buscam aproximar o Agorismo clássico de suas ideias e os Agoristas que vêm em suas ideias uma evolução das de Murray Rothbard como uma evolução para esquerda do anarcocapitalismo. Como o mutualismo, o agorismo advoga um "livre mercado não-capitalista".

A propriedade privada, particularmente a terra, não continuaria infinitamente, e sim se usaria apenas enquanto haja uma capacidade regular para evitar que seja considerada abandonada, ou seja no agorismo a propriedade da terra se baseia na "posse e uso". Alguns anarcocapitalistas não-agoristas crêem que "toda" propriedade deveria ser Privada, enquanto os agoristas acreditam que a propriedade coletiva pode ser permitida, assim como a propriedade de "ocupação e uso".

Os agoristas vêem as empresas favorecidas pelo governo como um vínculo da ilegitimidade do Estado com muitos desses negócios. Crêem que as restrições estatais que limitam a responsabilidade nas empresas corrompem os negócios de tal maneira que os gerentes atuam irresponsavelmente com os Ativos das empresas. Por exemplo, se esses negócios pagam excessivamente aos executivos e não podem resolver dívidas contratuais, muitas leis estatais protegem os salários daqueles que são responsáveis pela bancarrota. Os agoristas afirmam que a responsabilidade não pode desaparecer simplesmente por uma lei governamental. O agorismo não se opõem a modelos diferentes de empresas vêem a autogestão em cooperativas uma possibilidade aceitável a sociedade agorista estas sendo controladas por seus trabalhadores, porem não se opondo ao surgimento de cooperativas socializadas e modelos convencionais de empreendimento ou a propriedade privada de meios de produção.

Os agoristas tendem a se opor aos copyrights e patentes como um monopólio ilegítimo assim sustentou Benjamin Tucker. Promovem e sustentam uma reconciliação entre as obras de autores diferentes como Pierre-Joseph Proudhon e David Friedman em parte reconhecendo as diferenças terminológicas, sendo a mais evidente a palavra "propriedade".


Samuel Edward Konkin III (Sek3)
O Agorista