sexta-feira, 17 de outubro de 2014

O Aborto e o Mercado Negro

Uma pesquisa da UNB lançada dia 31/05/2010 revelou que as mulheres que abortam no Brasil somam cerca de 5 milhões. Dentre o total de mulheres que declararam na pesquisa já terem feito pelo menos um aborto, 64% são casadas e 81% são mães. “A mulher que aborta é uma de nós. Ela é a sua irmã, ela é a sua vizinha, ela é a sua filha ou a sua mãe”, define Débora Diniz. A classe social não interfere na decisão. Do total de mulheres que abortaram, 23% ganham até um salário mínimo, 31% de um a dois, 35% de dois a cinco e 11% recebem mais de cinco. “Pobres e ricas, todas abortam”, afirma a professora.

Não estamos falando em apologia. Aliás, quem já acompanhou ou soube de alguma colega, amiga ou familiar, que recorreu ao procedimento, sabe que não se trata disso. A questão é que atualmente milhões de mulheres recorrem ao procedimento e milhares delas morrem. O pior ainda é saber que as mulheres podem ser presas por isso. Se você está lendo este texto e é contra a legalização do aborto, eu pergunto: você é favorável que as mulheres que recorreram a isso sejam presas?

Enquanto vivemos em um regime estatista existem leis que proibem qualquer mulher de praticar o aborto, em alguns casos como no Brasil o aborto é apenas permitido em caso de estupro ou anencefalia porem estas não diminuem as mortes por aborto causada por outros motivos, com a dura restrição e criminalização estatal sobre o aborto o estado oferece apenas duas opções na maioria dos casos para as mulheres que abortam ou a morte ou a cadeia assim gerando milhões de mortes e diversos problemas de saúde para mulheres que abortam e sobrevivem todos os dias isto é claro com aquelas que não são indiciadas e presas.

Mas em que o Agorismo pode ser benéfico a causa? E como podemos usar o Mercado Negro e o uso consciente da contra-economia para beneficio e ajuda mútua as mulheres que fazem aborto? O Mercado Negro Agorista se destaca e tem por principal pilar o de prestar serviços e bens de consumo em torno das substâncias e operações proibidas pelo estado e seus parasitas, as milhares de mortes de mulheres são de complicações causadas por abortos ilegais e com péssimas condições e falta de equipamentos adequados para o procedimento, a verdade é que mulheres com uma maior renda tem mais facilidade e menos risco de vida para fazer aborto já que existem clínicas privadas que oferecem ilegalmente este serviço com profissionais de qualidade e bons equipamento, no entanto os custos para este procedimento em clínicas privadas é muito elevado fazendo com que uma grande parte da população de mulheres principalmente de classes menos favorecidas recorram a açougues ou até mesmo veterinários aposentados sem conhecimento em medicina e enfermagem para fazer o procedimento, sem equipamentos, ou acompanhamento psicológico em condições precárias de higiene.

Então é fundamental a criação de clínicas agoristas que efetuem o aborto com o acompanhamento e equipamentos adequados, é possível a criação de clínicas médicas, médicos autónomos e até mesmo cooperativas clandestinas de médicos que tem conhecimento na área e tem condições necessárias para fazem o procedimento do aborto em mulheres, utilizando moedas descentralizadas como bitcoins e sites de Mercados Negros como SilkRoad (Que contem uma área especifica para venda ilegal de aparelhos médicos) é possível comprar os equipamentos necessários e de boa qualidade com isenção de impostos do estado e com preços mais baratos, com a formação de clínicas competitivas no mercado negro que prestam o procedimento do aborto se dará o aumento da qualidade destes serviços a redução de preços sendo cada vez mais acessível a populações menos favorecidas economicamente, a possibilidade de pagamento destas clínicas e médicos com moedas descentralizadas como bitcoin pode se consideradas e o apoio de psicólogos no mercado negro se baseando no mesmo principio pode ser favorável a recuperação e saúde da mulher, a utilização de redes como a onion e redes p2p para a contratação deste serviço serão utilizadas para evitar a perseguição e espionagem do estado as mulheres que praticam o aborto para que não sejam presas por optarem pela operação.

Não esta excluída a possibilidade da criação de cooperativas e clínicas que ofereçam a procedimento gratuito e com qualidade e segurança as mulheres, no mesmo modelo da rede secreta que distribui gratuitamente e clandestinamente extrato de cannabis para pessoas que necessitam para uso medicinal, rede esta que conta com ajudas voluntárias de médicos, químicos e cirurgiões.


Perfil das mulheres que abortam em diversas regiões do Brasil segundo a pesquisa da UnB de 31/10/2010.

Fontes;



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